quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Chá com biscoitos.


Apenas um pensamento ecoava em sua mente: "Todos os dias são os mesmos", era um sussurro leve, de voz macia, apesar da constatação pesada. Por vezes, tal voz a lembrava da voz amada, aquela que outrora lhe fazia feliz com a boca mais doce que seu corpo já sentira, calafrios lhe subiam o corpo com as lembranças das noites passadas. Mas os tempos eram outros, e a última imagem que guardava na mente era a das costas a deixando para trás.
Aquele ser tão frágil pensava ter amadurecido, mas não passava do ser mais triste que já tive a oportunidade de ver e ouvir.
O semblante dela deixava transparecer cada lágrima que já havia passado pelo seu envelhecido rosto, não sabia a última vez que tinha tomado um banho ou se alimentado. Seus sapatos de nada serviam, seus pés sentiam por inteiro o chão.
Tudo isso se devia a uma pessoa, uma promessa.

"Se um dia me deixares, levarei minha alma para passear pelo mundo até te encontrar. Nada entrará em meu caminho na medida que se o necessário for andar por onde desconheço o farei. Te ter aqui é o que preciso."
Desde o dia em que ele foi passear por outras terras, ela continuava em sua terra natal procurando o inexistente. Inexistente em termos talvez, mas o que ela sentia não podia ser a sua imaginação botando sua lucidez a prova, não dessa vez. E no céu dela, uma estrela brilhava mais que as outras, essa era a realidade dela, acreditava nisso como um guia, um combustível.
Porque uma promessa sempre será uma promessa.
Ela continuava sua busca, seguindo sua direção de forma pacata. Então todos os dias foram os mesmos, com um céu iluminado por uma só estrela.


A Clara sugeriu o tema, tenho certeza de que nada ficou claro e essa é intenção.
Quem entender o verdadeiro sentido desse texto ganha um beijo na testa. E essa é só uma versão beta, precisa de aprimoramentos etcetc.


- Tatiana Cruz.

3 comentários:

Meili disse...

"(...) essa era a realidade Dela (?), acreditava nisso como um guia, um combustível (...)"

ou

"(...) essa era a realidade, ela acreditava nisso como um guia, um combustível (...)"

ou alguma outra coisa que eu não entendi?

Tatiana Cruz disse...

maldito D ._.
btw, já arrumei, vaquinha *-*
tipo, na primeira vez, tinha escrito "seu" ao invés de "céu", think about it.

Meili disse...

Pow, nem pensei muito... só ri! ;)